sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

IDÉIAS E DESEJOS SE ESPRAIANDO

QUEDANDO GRANDE


No começo previ duas pessoas para a minha pesquisa de campo do doutorado, eu e a Bruna Muriel, socióloga e pessoinha muy querida, que acompanha minha trajetória já há algum tempo. Os dois coletariam dados de arquivos e desenvolveriam uma pesquisa qualitativa com dirigentes das organizações e com mestres com relevância nas manifestações artísticas de tradição oral vinculadas aos Pontos de Cultura selecionados. Queria visitar, ver de perto o trabalho dos Pontos de Cultura em várias partes do Brasil.

Com a impossibilidade da Bruna de participar da empreitada a Camila Pierobom, também socióloga e pessoinha querida, companheira de longa data, aceitou, com entusiasmo, o convite.

A próxima personagem, que quase veio, apareceu por obra do acaso. Num dia em que não agüentava mais ficar em casa de frente para o computador, resolvi dar um pulo ao parque da Ciudadela, em Barcelona, para ver o sol, ler e fazer amigos.
Lógico que levei o pandeiro.
Como chamariz para fisgar um/a futura/o amigo/a e para esticar o couro, coloquei o do barulho ritmado para tomar um bronze. Platinelas brilhando! Não há de ver que aparece uma jovem simpática e pede para tocar? Maira. Engatamos uma prosa sobre arte, cultura popular, documentários e viagens. A participação para correr o trecho começou a aumentar. A partir das várias conversas com Maira - pessoinha querida - uma questão começou a fazer mais sentido, por que não aproveitar a viagem e fazer algumas coisas a mais, aproveitar os recursos para fazer vídeos documentários, ensaios fotográficos...

Mas, precisávamos de alguém bom de vídeo. Várias tentativas (inclusive com Lucas Kiler) e ninguém disponível para fazer uma viagem de oito meses pelo Brasil, sem receber salário. Resolvemos que, principalmente a Maira, iria aprender a trabalhar bem com vídeo.
Ainda em Barcelona, comecei a ajudar a Fiorela Bugatti, pessoinha querida, no seu projeto de mestrado em Gestão do Patrimônio. Ela queria fazer o trabalho de campo no Brasil. Num sábado, depois de um dia cheio de emoções em Vila Franca (Catalunha – ES) ela foi impulsivamente convidada para se juntar à trupe. No domingo aceitou, na segunda pediu demissão e comprou passagem e logo depois estava no Brasil.

Novembro e parte de dezembro de 2008, em Londrina: planejamento, montagem da infra, cursos de documentários e de curtas, apreensão, orçamento e burocracias. Quase no dia da primeira partida, a Maira teve problemas e disse que não podia continuar. De novo sem alguém mais entendedor em vídeo. Nova tentativa com Lucas Kiler (ah, pessoinha querida), quase uma intimação misturada com um muito de chantagem emocional e um pouquinho de argumentos racionais. Foi o suficiente, ele cedeu à lógica da desbravação do imaginário.
Equipe de pessoinhas queridas completa!

Só faltava o meio de locomoção: a Doblò (carrinho querido), mas isso é outra história.

Um comentário:

  1. Piau, quê pessoinha querida tchê!
    como fosses longe [que perto aqui comigo]...
    amado Piau,
    daqui vou te seguir,
    viajar com vcês
    alguns céus quero ver?

    ResponderExcluir